"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."
Fernando Pessoa
Querid@s, como estão?
Em breve teremos o início do ano novo astrológico, mais especificamente no dia 20/03. Considerando as especificidades do momento que estamos atravessando, entendo ser importante, dentro das possibilidades de cada um, não perdermos a conexão com essas passagens que tanto têm para nos oferecer.
A pergunta que gostaria de deixar é quais são as possibilidades que se apresentam simbolicamente na nossa trajetória a partir dos finais e inícios que o ritmo da vida vai trazendo. Como nos conectamos e o quê observamos de nós mesmos.
No que se refere propriamente à astrologia temos o signo de peixes encerrando a roda do zodíaco, o fim da caminhada, a dissolução, o contato com o todo e, por outro lado, o signo de áries marcando o recomeço, a força propulsora, a ignição.
Um espaço, um vazio que carrega em si as possibilidades de tudo.
A criação de algo novo, na mistura do sentimento e do desejo. O bebê que estando nas águas do ventre materno irrompe ganhando força na carne.
Um momento mágico. A fronteira entre a sensibilidade e a materialidade. O dentro e o fora.
A primavera no hemisfério norte traz a vida, entusiasmo, fé, esperança que as sementes vão dar novos frutos. A fertilização da terra. A vida gera um novo impulso, uma nova forma de fazer as coisas.
O outono no hemisfério sul pede recolhimento, observação, economia das energias e dos recursos. A construção de um ambiente seguro e nutritivo.
Os planetas que estarão em peixes no momento do início deste novo ciclo pedem um agir conectado com a nossa força e o nosso espírito internos, com a nossa sensibilidade, um sentir profundo que impulsiona atos e ações.
Marte em gêmeos nos sugere usar os recursos que temos à mão, as ferramentas que estão disponíveis no entorno próximo, aprender novas coisas, estudar o terreno à nossa volta.
É a busca por caminhos alternativos, às vezes muito distante do que havíamos idealizado, mas poético e transformador a partir da realidade que se apresenta no agora.
O que espero é que cada vez mais, assim como sugere o momento, o nosso agir no mundo esteja conectado com a verdade dos nossos corações, com essa sabedoria interna que cada um de nós carrega como chama sempre acesa no peito.
Feliz novo ciclo!
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