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Renata Taño

Ano novo astrológico: 2021


"Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive."


Fernando Pessoa


Querid@s, como estão?


Em breve teremos o início do ano novo astrológico, mais especificamente no dia 20/03. Considerando as especificidades do momento que estamos atravessando, entendo ser importante, dentro das possibilidades de cada um, não perdermos a conexão com essas passagens que tanto têm para nos oferecer.


A pergunta que gostaria de deixar é quais são as possibilidades que se apresentam simbolicamente na nossa trajetória a partir dos finais e inícios que o ritmo da vida vai trazendo. Como nos conectamos e o quê observamos de nós mesmos.


No que se refere propriamente à astrologia temos o signo de peixes encerrando a roda do zodíaco, o fim da caminhada, a dissolução, o contato com o todo e, por outro lado, o signo de áries marcando o recomeço, a força propulsora, a ignição.


Um espaço, um vazio que carrega em si as possibilidades de tudo.

A criação de algo novo, na mistura do sentimento e do desejo. O bebê que estando nas águas do ventre materno irrompe ganhando força na carne.

Um momento mágico. A fronteira entre a sensibilidade e a materialidade. O dentro e o fora.


A primavera no hemisfério norte traz a vida, entusiasmo, fé, esperança que as sementes vão dar novos frutos. A fertilização da terra. A vida gera um novo impulso, uma nova forma de fazer as coisas.


O outono no hemisfério sul pede recolhimento, observação, economia das energias e dos recursos. A construção de um ambiente seguro e nutritivo.


Os planetas que estarão em peixes no momento do início deste novo ciclo pedem um agir conectado com a nossa força e o nosso espírito internos, com a nossa sensibilidade, um sentir profundo que impulsiona atos e ações.

Marte em gêmeos nos sugere usar os recursos que temos à mão, as ferramentas que estão disponíveis no entorno próximo, aprender novas coisas, estudar o terreno à nossa volta.


É a busca por caminhos alternativos, às vezes muito distante do que havíamos idealizado, mas poético e transformador a partir da realidade que se apresenta no agora.


O que espero é que cada vez mais, assim como sugere o momento, o nosso agir no mundo esteja conectado com a verdade dos nossos corações, com essa sabedoria interna que cada um de nós carrega como chama sempre acesa no peito.


Feliz novo ciclo!


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